11 de abril de 2009

(...)

Ele já é um velhinho.
Já nem acorda tão cedo para trabalhar.
O campeiro está lá, preparando o mate, a senhora sofrida está tirando leite da vaca, os trabalhadores estão a caminho do serviço, as crianças indo para a escola e ele está mal levantando.
Rotina de quem já trabalhou demais nesta vida, todos os dias, sem falhar.
Os acomodados nem notam mais sua presença, uns até reclamam quando o veem.
De tarde está presente, firme e forte, aparece pela janela e é quase uma companhia
para a velhinha bordadeira, a menina namoradeira...
Os que se cansam de sua existência procuram refúgio, mas é difícil não sentir seu calor.
Sempre inspira os apaixonados, deixando no ar suas histórias e lembranças de tanto tempo...
E assim se vai o velho mudo, que nunca precisou falar uma palavra para se tornar o astro rei, o Sol.

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