21 de julho de 2011

rain rain rain

it's hard to hold a memory when there's nothing left to hold. january - black label society

13 de julho de 2011

Sonhos são

os poucos momentos em que podemos conversar e matar a saudade daqueles que já se foram...

Réquiem para Pina Bausch - Tadashi Endo

12 de julho de 2011

Sobre a morte e meus sapatos fúnebres

Eu acho que eu vou morrer. Foi o que eu pensei. E mais do que isso, eu senti. Me sentia fraca e nunca pensei na morte com tanta verdade. Coragem também, apesar da saudade que já foi tomando conta do meu coração. Pensei nos últimos acontecimentos da minha vida, em quem sentiria minha falta, de quem eu sentiria falta... Será que vou pro outro mundo devendo alguma coisa? Talvez as coisas se resolvessem se ele soubesse que eu morreria. Não quero que se sinta culpado no meu enterro, mas também quero que se arrependa por não aproveitar por ainda me ter viva. Tudo corre para isso; o sonho, a despedida, a carta. Sempre imaginei que viveria por muitos anos. Mas também sempre imaginei que me casaria, e agora, bem... Não, eu não quero morrer agora. Isso tudo é frescura, minha mãe sofreria. Mas se eu eventualmente morrer por outra vontade que não seja a minha, se de repente eu descobrir que não tenho mais muitos dias, me enterrem com aquele par de botas que eu ainda nem usei. Porque a morte é quando a gente pode finalmente dormir de sapatos.

sonho

Debaixo dessas cinco lápides tá o dinheiro que ele precisa pra reformar a casa.

Quem sou eu

como os minutos
nunca serão os mesmos; diferentes são os relógios.
talvez haja uma regra geral da qual eu não consiga escapar,
os minutos sejam contraditórios mas as horas sejam sempre as mesmas...
Mas o importante é que o ajuste jamais será igual.
em um já é ano novo, no outro ainda faltam cinco minutos...

11 de julho de 2011

Caio F.A.

Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso, quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam, o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa. Como se houvesse entre aqueles dois, uma estranha e secreta harmonia.



Aqueles dois - Caio Fernando Abreu

10 de julho de 2011

insisto no final

Final feliz só se fossem dois velhinhos que morresem dormindo de mãos dadas ou algo assim.
Pretensão acreditar nessas coisas.

Porque tudo na vida é passageiro


...menos o motorista.

9 de julho de 2011

finais

Não existem finais felizes, justamente porque se fossem felizes não seriam finais.

2 de julho de 2011

confissão

Por um tempo cheguei a pensar que sem você eu não viveria

e temia esta situação por saber que relações que chegam nes

te ponto logo chegam ao fim... eu não queria ouvir você dizer

que eu deveria viver minha vida, afinal, eu nem sabia mais qu

al era a minha e qual era a tua vida. É duro saber que tudo ac

abou mas agora entendo o verdadeiro sentido da palavra liber

dade. Acho que não preciso dizer mais nada.