(...)
"Quero deixar bem claro que a única coisa que existe pra mim é a juventude, tudo o mais é besteira, lantejoulas, vidrilho. Posso fazer duas mil plásticas e não resolve, no fundo é a mesma bosta, só existe a juventude. Ele era a minha juventude mas naquele tempo eu não sabia, na hora a gente nunca sabe nem pode mesmo saber, fica tudo natural como o dia que sucede à noite, como o sol, a lua, eu era jovem e não pensava nisso como não pensava em respirar. Alguém por acaso fica atento ao ato de respirar? Fica, sim, mas quando a respiração se esculhamba.
Então dá aquela tristeza, puxa, eu respirava tão bem..."
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Antes do Baile Verde - Contos de Lygia Fagundes Telles
6 de abril de 2009
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Me arrepiei lendo esse post...
ResponderExcluirgenial, né?
ResponderExcluirpena que os outros contos dela sejam tão ruins e sem nexo ¬¬