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5 de janeiro de 2012

Papel de Carta

Canção de adeus



...porque "toda canção de ida é, no fundo, um pedido pra voltar".





Lembro do momento em que achei que em mim não caberia mais amor. Que eu explodiria a qualquer momento, deixando espalhar estrelas pequenas banhadas em mel. Que todos deveriam ter essa mesma sorte. Que ninguém poderia ser tão feliz.





Amava dentro de um pretérito que mesmo imperfeito, acabou.





Te amava. Te amo. Abro mão.





Me despeço. Peguei pelos cabelos a saudade que alimentei e botei pra dormir, que deixei apertar, que deixei dizer, que ouvi, e te devolvi. Não, obrigada. Essa eu não quero mais.



escrito por Monique Heemann



http://cartapapelde.blogspot.com/2011/12/cancao-de-adeus.html?spref=fb


13 de julho de 2011

Sonhos são

os poucos momentos em que podemos conversar e matar a saudade daqueles que já se foram...

Réquiem para Pina Bausch - Tadashi Endo

11 de julho de 2011

Caio F.A.

Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso, quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam, o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa. Como se houvesse entre aqueles dois, uma estranha e secreta harmonia.



Aqueles dois - Caio Fernando Abreu

23 de junho de 2011

quedate aqui - Salma Hayek

y no me digas que me amas,
no me digas que me adoras,
dime solo que te quedas,
una vida junto a mi.

20 de junho de 2011

ctrl+v

Lá estava eu, mais uma vez pensando nela. Minha cabeça abarrotada em pensamentos sobre seu corpo e face tinia, ou melhor, vulcanizava sensações extremamente reais. Parecia que ela estava próxima, tocando-me, num ato proibido. Sem saber como agir, fiquei estático. No fundo eu sabia que estava adorando aquela sensação. Nada melhor do que utilizar a mente para transformarmos utopias em pensamentos.



O despertador toca e eu ativo a “Soneca”. Uma bela ferramenta inventada por sei lá quem. Agora tenho mais alguns instantes para lembrar o cálido sonho em que me encontrava alguns segundos atrás. Como é prazeroso fazer isto, manter-me dentro de um universo criado por mim, onde crio as peças, os cenários e cada personagem age como eu quero. Sou o Deus e senhor da minha mente.


(...)





Por Bruno Zanatta Salvatori,



Disponível em: http://brunosalvatori.wordpress.com/2011/06/15/um-veneno-que-pode-viciar/

18 de junho de 2011

"Por muito tempo achei que ausência é falta. E lastimava ignorante a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim."

[Ausência - Carlos Drummond de Andrade]

12 de junho de 2011

recomeço

Que seja um novo começo,


um recomeço...


que sejamos mais felizes


do que ja fomos, e mais intensos


do que já, um dia, pudemos ser...



Leonardo Ribeiro

4 de junho de 2011

Carta dos dias perdidos

Apesar de eu não saber com certeza como as coisas aconteceram para nós
Não importa o quão difícil fique, você tem que saber
Não estamos nesta terra para sofrer e chorar
Fomos feitos para sermos felizes, então
Seja feliz
Por mim
Por você
Por favor

by Mary Elizabeth Mcglynn

27 de março de 2011

metade

Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço Que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.



- Oswaldo Montenegro.

17 de março de 2011

Paixão


A paixão funda, sobretudo uma liberdade dependente, determinada, vinculada, obrigada, inclusa, fundada não nela mesma mas numa aceitação primeira de algo que está fora de mim, de algo que não sou eu e que por isso, justamente, é capaz de me apaixonar.

Ocorre também uma tensão entre prazer e dor, entre felicidade e sofrimento, no sentido de que o sujeito apaixonado encontra sua felicidade ou ao menos o cumprimento de seu destino no padecimento que sua paixão lhe proporciona. O que o sujeito ama é precisamente sua própria paixão. Daí, talvez, a tensão que a paixão extrema suporta entre vida e morte. A paixão tem uma relação intrínseca com a morte, ela se desenvolve no horizonte da morte, mas de uma morte que é querida e desejada como verdadeira vida, como a única coisa que vale a pena viver, e às vezes como condição de possibilidade de todo renascimento.



- Jorge Larossa Bondía, Notas sobre a experiência e o saber da experiência.

30 de janeiro de 2011

coco chanel


5 de dezembro de 2010

San FR Ant Sis Co

(...)

My heart is weary
But here's my theory

A heart is but a dream
Each life must have a theme


But when the ants
come to the picnic
And drag my heart
Up to that hill

For all the anties and bullies
And for that heart of mine
full of holes and dying

Keep on trying
to beat

- A poem by Katie Gabrielle

10 de novembro de 2010

8


31 de outubro de 2010

filme

por que você não se defendeu?
pra que você acreditasse em mim...
por quê?
por que você não se defendeu do meu golpe?
POR QUÊ?!
...

27 de setembro de 2010

Sem me olhar

Quanto a mim pus
a cabeça entre as mãos
E chorei.

Jacques Prévert

4 de maio de 2010

VIDA

Vida é passar no vestibular sem
estudar ou não passar tendo ralado todo o ano..
Vida é cantar no chuveiro, no coral da escola, é ter uma banda de rock...
Vida é ficar, é ficar sem ninguém, é se apaixonar de repente no orkut...
Vida é ter um irmão mais velho pra conversar, ou um bem pequeno pra cuidar...
Vida é gostar do mar, ter medo de onda grande, é surfar todo o fim de semana, é morar longe da praia...
Vida é fazer festa todo o dia, é ficar em casa lendo um livro, é acordar bem cedo, é sentir sono no colégio...
Vida é fazer planos, é mudar esse plano todo o dia, é ter o mesmo sonho, desde criança...
Vida é jogar conversa fora, é chorar de tanto rir, é chorar de verdade, ou sem motivo...
Vida é dar tudo errado num dia e tudo certo no outro, ou vice versa...
É beijo na boca, é outro beijo na boca... é não saber beijar.. é ser tímido...
Vida é ter um diário, é ter um amigo que você pode contar tudo...é desconfiar da própria sombra...
Vida é começar um regime, é correr, caminhar, tudo isso numa segunda...
Vida é medo do que não se conhece, é fazer intercâmbio na Finlândia, é conhecer parentes numa cidade bem pequena...
É medo da violência, é medo de não dar certo, ou de dar tudo certo e não saber o que fazer nesse dia...
Vida é anel compromisso,é pílula,é camisinha,é acabar um namoro de 4 anos...
Vida é cantar junto todas as músicas da nossa banda preferida na primeira fila do show...
É ouvir o quem ninguém gosta, é pipoca e refrigerante no cinema, chuva no telhado, é dormir até as 3 da tarde...
Vida é não deixar o amigo dirigir bêbado, é ajudar a quem precisa, é gostar de ir na igreja, é não acreditar em nada...
Vida é fazer aniversário, é lembrar o aniversário de alguém, mesmo que um dia depois...
É ter cachorro, gato, passarinho, iguana, tartaruga...
Vida é pra ser vivida no único tempo de verbo possível: o presente...
Não tem passado, não tem futuro...
O grande presente da vida é viver cada instante, cada segundo...
Viver o presente, esse é o grande presente da vida...


[autor desconhecido]

29 de abril de 2010

vento gelado,

querido vento gelado...
congela meu coração?



P.S.: quero congelar meu sentimento e só descongelar quando
nosso amor for possível...


A VERDADE
(postado por Nati Damiani em Damiani - 1 semana atrás)
Não esqueci, não lutei. Ainda amo. E sinto um vazio tremendo.

15 de abril de 2010

Sonhos de Einstein - Alan Lightman

14 DE MAIO DE 1905

Há um lugar em que o tempo fica parado. Pingos de chuva permanecem inertes no ar. Pêndulos de relógios estacionam no meio do seu ciclo. Cães empinam seus focinhos em uivos silencioso. Pedestres estão congelados em ruas empoeirentas, suas pernas erguidas como se amarradas por cordas. Os aromas de tâmaras, mangas, coentro, cominho estão suspensos no ar.
À medida que um viajante se aproxima deste lugar, vindo de qualquer parte, ele anda cada vez mais devagar. As batidas de seu coração ficam cada vez mais espaçadas, sua respiração arrefece, sua temperatura cai, seus pensamentos diminuem, até que ele atinge o centro morto e para. Pois este é o centro do tempo. A partir deste lugar, o tempo se distancia em círculos concêntricos - inerte no centro, lentamente ganhando velocidade à proporção que aumenta o diâmetro.
Quem faria uma peregrinação ao centro do tempo? Pais com seus filhos, e amantes.
E assim, no lugar onde o tempo fica parado, veem-se pais agarrados aos seus filhos, em um abraço petrificado que nunca se desfará. A linda filhinha de olhos azuis e cabelos loiros nunca parará de sorrir o sorriso que está sorrindo agora, nunca perderá este brilho róseo de suas bochechas, nunca ficará enrugada nem cansada, nunca se ferirá, nunca desaprenderá o que seus pais lhe ensinaram, nunca pensará pensamentos que seus pais desconheçam, nunca tomará contato com o mal, nunca dirá a seus pais que não os ama, nunca deixará seu quarto com vista para o mar, nunca deixará de tocar seus pais como está tocando agora.
E, no lugar onde o tempo fica parado, veem-se os amantes se beijando nas sombras dos prédios, em um abraço que nunca se desfará. O amado nunca tirará os braços de onde estão agora, nunca devolverá o bracelete de memórias, nunca viajará para longe da pessoa amada, nunca se sacrificará expondo-se a perigos, nunca deixará de mostrar seu amor, nunca sentirá ciúmes, nunca se apaixonará por outra pessoa, nunca perderá a paixão que existe neste instante no tempo.
[...]

14 de abril de 2010

A Mulher Sem Pecados - Nelson Rodrigues

Há um inferno dentro de mim. Um inferno particular. E se tivesse também um céu particular, uma eternidade minha, só minha, com tabuleta na porta proibindo a entrade de pessoas estranhas ao senrviço. Não seria negócio? Um alto negócio? Preciso que me convenças. Há essa mulher? Que não seja fria. A mulher fria é mil vezes pior que as outras. Pois bem. A mulher incapaz de trair, seja em sonhos, pensamentos, atos ou palavras. Quem é ela?

7 de abril de 2010

ctrl+v

Adestro o tempo e mesmo assim é clichê demais para ser escrito, ai eu me sento e bebo, me drogo de verdade, com a verdade na verdade, mas mesmo assim continua tudo no lugar-comum, na medianiedade da vida cotidiana, no ponto de equilíbrio, na coisa certa sem arriscar nada.
Ontem ouvi alguém dizer que não se via mais em si e não pertencia a lugar nenhum, me sinto como esse sujeito, estrangeiro no meu quarto, no meu bairro e em tudo mais que estiver perto de mim.
Para onde se viaja quando tudo é longe de mais para se chegar?


Por R.Z.
Acesse: http://rumoaodesconhecidorumo.blogspot.com